Na Europa Medieval,
aquelas mesmas mulheres que foram perseguidas mantinham vivo o
importante conhecimento das plantas medicinais, como o fizeram povos
nativos de outras partes do mundo. Sem essas tradições ligadas às
ervas talvez nunca tivéssemos produzido o arsenal de fármacos que
temos atualmente. Mas hoje, se não executamos mais os que apreciam
remédios potentes feitos com o mundo dos vegetais, estamos
eliminando as próprias plantas. A contínua perda das florestas
pluviais tropicais do mundo, hoje estimada em quase dois milhões de
hectares a cada ano, pode nos privar da descoberta de outros
alcaloides que poderiam ser ainda mais eficientes no tratamento de
uma variedade de afecções e doenças.
Talvez nunca venhamos a
descobrir que há moléculas com propriedades antitumor, ativas
contra o HIV, ou que poderiam ser remédios milagrosos para a
esquizofrenia, os males de Alzheimer e Parkinson nas plantas
tropicais, que a cada dia mais se aproximam da extinção. De um
ponto de vista molecular, o folclore do passado pode ser uma chave
para nossa sobrevivência no futuro.
Pequeno e claríssimo post, é uma pena que as massas e o atual super incentivo ao avanço industrial no brasil não carregam essa consciência. encontrei seu blog procurando por alguns símbolos, e olhando superficialmente os posts parecem ser muito interessantes, pretendo ler assim que tiver tempo. Parabéns.
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